DESCRIÇÃO
VULCÕES E LAGOAS | VULCANOS AND LAKES
Os vulcões constituem uma marca indelével na paisagem açoriana, principalmente na ilha de São Miguel. Estando na sua maioria adormecidos ou com pouca atividade, são várias as unidades vulcanológicas que podemos visitar nesta ilha de enorme beleza natural. Algumas das mais bonitas e importantes Lagoas de São Miguel, localizam-se nos complexos ou sistemas vulcânicos da ilha.
1ª paragem – Gruta do Carvão
Localizada na zona poente da cidade de Ponta Delgada, numa região da Ilha de S. Miguel denominada geologicamente como “Complexo Vulcânico dos Picos”, a Gruta do Carvão possui uma extensão actual de 1912 metros repartida por 3 troços, um a Norte (Troço Paím) com uma extensão de 880,2 metros, um intermédio (Troço dos Secadores de Tabaco, Rua de Lisboa),com um comprimento de 701,8 metros e um a Sul (Troço João do Rego) com 300 metros.
Contudo documentos antigos e observações de campo indiciam uma dimensão muito superior à actualmente conhecida, podendo ter atingido dimensões na ordem dos 5 km de comprimento, desde o litoral até às proximidades da Serra Gorda, nos Arrifes. Para informações e reservas, visite http://grutadocarvao.amigosdosacores.pt
2ª paragem – Lagoa do Fogo
Esta Lagoa está integrada no maciço vulcânico da serra de Água de Pau, localizado na zona central da ilha de São Miguel. A Lagoa do Fogo encontra-se rodeada por densa e exuberante vegetação endémica e apresenta águas muito azuis, o que lhe confere uma beleza singular.
Ocupando uma área de 1360 hectares, a caldeira vulcânica, tal como o vulcão que a originou, é a mais jovem da ilha de São Miguel, presumindo-se que se tenha formado há cerca de quinze mil anos. A configuração atual resulta do último colapso que terá ocorrido há sensivelmente cinco mil anos. A última erupção aconteceu em 1563.
É a lagoa mais alta da ilha de São Miguel – 949 metros – e as suas paredes apresentam desníveis que atingem os 300 metros. A profundidade máxima da lagoa situa-se nos 30 metros. No seu perímetro encontram-se várias espécies de plantas endémicas, como o cedro-do-mato, o louro, a urze ou o sanguinho.
3ª paragem – Lagoa das Furnas
Na área da Caldeira das Furnas, encontram-se a Lagoa das Furnas, e outras manifestações de vulcanismo secundário, tais como, campos fumarólicos e nascentes de águas termais. É na margem sul da Lagoa que estão localizados os buracos onde é confecionado o cozido das Furnas, que é cozinhado com o vapor que sai das entranhas do solo vulcânico. O seu singular e inconfundível paladar faz dele um prato mundialmente conhecido, que atrai, todas as semanas, às Furnas, milhares de turistas dos quatros cantos do planeta.
4ª paragem – Freguesia das Furnas
A freguesia das Furnas constituída como freguesia em 1791 e atualmente com 1439 habitantes é uma das mais belas localidades do arquipélago açoriano, vulgarmente conhecida como a “Sala de Visitas dos Açores”. O seu nome está relacionado com os fenómenos de vulcanismo secundário existentes no Vale das Furnas, denominados por fumarolas ou “caldeiras”.
No entanto, há quem diga que a maior riqueza do Vale das Furnas se encontra na diversidade das águas minerais e termais das suas nascentes, sendo considerado, por especialistas, a maior hidrópole do mundo. Estas justificaram a construção de instalações balneares públicas e privadas de águas termais devido à sua função terapêutica e que outrora consistiram num grande chamariz para cura de doenças.
5ª paragem – Sete Cidades
A caldeira das Sete Cidades tem um diâmetro aproximado de 5km e a profundidade de 400m. O ponto mais alto do vulcão fica a 845m acima do nível da água do mar.
Os seus bordos denominados de Cumeeiras das Sete Cidades (grande e pequena) servem de percurso pedestre que circunda os cumes da caldeira das Sete Cidades, uma das maiores caldeiras vulcânicas dos Açores, com quatro lagoas no seu interior – a Lagoa de Santiago, a Lagoa Rasa e a Lagoa Azul e a Lagoa Verde ligadas entre si. Estas últimas são o principal postal do Turismo dos Açores e uma das 7 maravilhas naturais de Portugal na categoria de zonas aquáticas não marinhas.
Por trás das cores que dão o nome às lagoas está a famosa lenda das Sete Cidades sobre o amor de uma princesa de olhos azuis e um pastor de olhos verdes, mas, na verdade, a diferença de cores reside no facto de a Lagoa Verde ter encostas mais fechadas e, por isso, obtém mais reflexo da vegetação circundante enquanto que a azul, sendo maior, recebe mais reflexos provenientes do céu.
fontes: visitazores.com | visitpontadelgada.pt | cm-povoacao.pt | grutadocarvao.amigosdosacores.pt